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quinta-feira, 17 de abril de 2014

JAMA Internal Medicine: sildenafil, medicamento usado na disfunção erétil, pode aumentar risco de desenvolvimento de melanoma




A proteína cinase ativada por mitógeno RAS/RAF e a cascata daERK (“Extracellular Signal Regulated Protein Kinase”) desempenham um papel fundamental na proliferação de células de melanoma e na sobrevivência de pacientes portadores de tal condição. O citrato de sildenafil (Viagra) é um inibidor seletivo da fosfodiesterase-5A (PDE-5A), comumente usado em casos dedisfunção erétil. Estudos recentes têm mostrado que a ativação do gene BRAF regula para baixo ("down-regulation") os níveis de PDE-5A e que a baixa expressão da PDE-5A, pela ativação do BRAF ou pelo uso de sildenafil, aumenta a capacidade de invasão dascélulas de melanoma no organismo, o que levanta a possibilidade de efeitos adversos do uso de sildenafil sobre o risco de melanoma.
Com o objetivo de avaliar a associação entre o uso de sildenafil e risco de melanomaincidente entre os homens norte-americanos, foi realizado um estudo prospectivo decoorte, publicado pelo JAMA Internal Medicine.
Em 2000, os participantes do Health Professionals' Follow-up Study foram questionados a respeito do uso de sildenafil para a disfunção erétil. Os participantes que relataramcâncer no início do estudo foram excluídos da pesquisa. Um total de 25.848 homens permaneceu na análise.
incidência de câncer de pele, incluindo melanomacarcinoma espinocelular (CEC) e de carcinoma basocelular (CBC), foi obtida em questionários bianuais de auto-relato. O diagnóstico de melanoma e de CEC foi confirmado por biópsia.
Foram identificados 142 melanomas, 580 CEC e 3.030 casos de CBC durante o acompanhamento (2000-2010). O uso recente de sildenafil no início do estudo foi significativamente associado ao risco aumentado demelanoma subsequente. Por outro lado, não se observou aumento no risco de CEC ou CBC associado ao uso de sildenafil. Além disso, a própria função erétil não estava associada a uma alteração no risco de desenvolver melanoma. O uso frequente de sildenafil também foi associado a um maior risco de melanoma. Uma análise secundária, excluindo aqueles que relataram ser portadores de doenças crônicas no início do estudo, não alterou significativamente os resultados.
Concluiu-se no presente estudo que o uso de sildenafil pode estar associado a um risco aumentado de desenvolvimento de melanoma. Embora esta pesquisa não seja suficiente para alterar as recomendações clínicas atuais, os pesquisadores apoiam a necessidade de continuar a investigação desta associação.

 
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