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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Farmácia popular vai distribuir gratuitamente medicamentos para asma




O Ministério da Saúde incluirá, a partir de 4 de junho, no programa Saúde Não Tem Preço, medicamentos para asma de forma totalmente gratuita à população. Além de já ter acesso a 11 medicamentos para hipertensão e diabetes nas 554 farmácias populares da rede própria (administradas e montadas pelo governo) e 20.374 da rede privada, a população poderá retirar mais três medicamentos para asma, em dez apresentações. São eles: brometo de ipratrópio, dirpoprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol (ver quadro ao final).
A ação faz parte do programa Brasil Carinhoso, lançado, nesta segunda-feira (14), pela presidenta Dilma Rousseff. O objetivo do programa é tirar da miséria crianças de 0 a 6 anos de idade. Para atingir essa meta, o governo vai ampliar o Bolsa Família, aumentar o número de creches no país e a distribuição de medicamentos para crianças. "O Estado brasileiro tem o compromisso e o dever de cuidar de suas crianças. Somente é possível retirar uma criança da miséria se retirarmos toda sua família", avaliou a presidenta, durante lançamento do programa.
A expectativa do ministério é que a inclusão dos medicamentos tenha impacto positivo especialmente na saúde infantil. A asma está entre as principais causas de internação entre crianças de até 6 anos. Em 2011, do total de 177,8 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência da doença, 77,1 mil foram crianças de 0 a 6 anos. Além disso, cerca de 2,5 mil pessoas morrem por ano por conta da doença. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância da inclusão dos medicamentos no programa. "Estamos dando um passo importante para reduzir o número de internações e de óbitos que ainda existem. Nós não só estamos salvando vidas, mas estamos também estimulando melhor o desenvolvimento", disse o ministro.
Os medicamentos incorporados já fazem parte do elenco do programa Farmácia Popular, ou seja, são ofertados à população com até 90% de desconto nas unidades da rede própria e privada. Com a inclusão deles no Saúde Não Tem Preço, o valor de referência (estabelecido pelos laboratórios produtores) será mantido e o governo assumirá a contrapartida que era paga pelo cidadão.
A incorporação deles ampliará o orçamento atual do Saúde Não Tem Preço em R$ 30 milhões por ano. O orçamento de 2012 do programa, sem contar os valores previstos para cobrir os custos com a inclusão dos medicamentos para asma, é R$ R$ 836 milhões.
A gratuidade deve beneficiar até 800 mil pacientes por ano. Atualmente, o programa Farmácia Popular atende 200 mil pessoas que adquirem medicamentos para o tratamento de asma. A estimativa do ministério é que, com a gratuidade, este número possa quadruplicar – como ocorreu com os medicamentos para hipertensão e diabetes após um ano de lançamento da gratuidade pelo programa Saúde Não Tem Preço, iniciado em fevereiro de 2011.

ALTA PROCURA PELOS MEDICAMENTOS


A inclusão dos medicamentos para asma no programa aconteceu porque, após a gratuidade da hipertensão e diabetes, foi percebido que a venda dos medicamentos para asma foi a que mais apresentou crescimento nas farmácias populares, chegando a 322% de aumento entre fevereiro de 2011 e abril de 2012.
Além disso, a asma está entre as doenças crônicas não transmissíveis, importante do ponto de vista epidemiológico e foco de ações estratégicas por parte do Ministério da Saúde desde o ano passado, com ações previstas no "Plano de Ações Estratégicas Para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022".


MEDICAMENTO INCLUÍDO NO PROGRAMA
APRESENTAÇÃO
Brometo de ipratrópio
0,02 mg
0,25 mg
Dirpoprionato de beclometasona
200 mcg/dose
200 mcg/cápsula
250 mcg
50 mcg
Sulfato de salbutamol
100 mcg
2 mg
2 mg/5ml
5 mg/ml


Fonte: Bárbara Semerene, da Agência Saúde

Genéricos batem recorde e podem ter 30% do mercado

O primeiro trimestre de 2012 marcou um novo recorde para as vendas de medicamentos genéricos no Brasil, que atingiram
25,4% de participação no mercado, sem perspectiva de retração nesse desempenho. Segundo o presidente da Pró Genéricos, Odnir Finotti, é possível que até o fim de 2012 os genéricos já representem 30% das vendas de remédios no país.
“O que vemos é que depois de 10 anos o mercado continua robusto e com expectativa de mais crescimento, tanto em razão
dos produtos que já estão à venda há alguns anos, quanto puxado pelos que têm sido lançados atualmente”, afirma Finotti.
“Assim mais e mais brasileiros passam a ter acesso a medicamentos”.
De acordo com a Pró Genéricos, em 2011 começaram a chegar às farmácias brasileiras 20 novos genéricos, com custo no
mínimo 30% inferior aos seus respectivos medicamentos de referência e que, por sua vez, também contribuem para a redução de custos até mesmo dos remédios de referência.
E o Brasil ainda tem espaço para muito mais crescimento dos genéricos. Conforme acrescenta Antonio Britto, presidente
da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), há países em que esses medicamentos representam entre 40% e 50% do mercado. “No Brasil esse fenômeno ainda é recente, mas a tendência é que ele amadureça de maneira
que tenhamos uma divisão entre os genéricos, os de referência e os similares”, diz.
Justamente por isso, segundo Britto, é natural que o mercado absorva os ciclos dos medicamentos— lançados como de referência e que depois passam a ser oferecidos como genéricos.
“É natural também que nós tenhamos os laboratórios produtores dos medicamentos de referência liderando a fabricação de
genéricos”, acrescenta Britto. Os dados da Interfarma apontam que seus associados (representados pelas maiores indústrias farmacêuticas em atuação no Brasil), respondem por 41% da produção de genéricos.
Não à toa, a EMS Pharma detinha, no fim do ano passado, 7,77% de participação no mercado de medicamentos brasileiro
sozinha, com vendas que chegavam a US$ 2 bilhões. A Medley, segunda do ranking, tinha 7,11% de participação em dezembro de 2011, com soma das vendas de US$ 1,8 bilhão.
Excluindo a participação dos genéricos do total da indústria, a evolução do mercado foi de cerca de 6%, em unidades vendidas no trimestre, segundo dados da Pró Genéricos. A entidade calcula que os brasileiros já tenham economizado R$ 26,7 bilhões desde que esses medicamentos chegaram ao mercado, em 2001.
Fonte: Brasil Econômico - São Paulo

 
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