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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Cientistas criam embrião usando célula humana adulta


Feito é inédito no meio científico, mas células-tronco resultantes da experiência não servem para tratamentos de doenças.



Cientistas americanos anunciaram um feito inédito. Eles reprogramaram uma célula humana adulta para criar um embrião em um estágio inicial. Com isso, conseguiram células-tronco embrionárias, que têm supostamente a capacidade de se transformar em vários tecidos do corpo.
Mas o estudo, publicado nesta quarta-feira (05) na revista Nature, revela um obstáculo considerado grande pelos próprios pesquisadores: as células-tronco resultantes da experiência são anormais. Elas têm mais material genético do que uma célula humana comum, por isso não servem no tratamento de doenças ou na clonagem de um ser humano.

Mesmo assim, os cientistas acham que a experiência poderá ajudar a desenvolver uma técnica que permita a clonagem de células-tronco personalizadas para cada paciente.
 

terça-feira, 4 de outubro de 2011

.04/10/2011 11h46 - Atualizado em 04/10/2011 14h23 Anvisa mantém venda, mas restringe uso de emagrecedor polêmico Sibutramina poderá ser comercializada, mas com maior controle. Agência proibiu comercialização de anfepramona, femproporex e mazindol.

04/10/2011 11h46 - Atualizado em 04/10/2011 14h23

Anvisa mantém venda, mas restringe uso de emagrecedor polêmico

Sibutramina poderá ser comercializada, mas com maior controle.
Agência proibiu comercialização de anfepramona, femproporex e mazindol.

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta terça-feira (4) manter a comercialização e o registro da sibutramina, um dos remédios mais vendidos que atuam na redução do apetite, mas ampliou o controle sobre a prescrição e sobre a utilização do medicamento.
A Anvisa proibiu ainda a comercialização de três outros inibidores de apetite feitos a base de anfetamina: a anfepramona, o femproporex e o mazindol.
No Brasil, a venda e o uso da sibutramina já eram restritos desde 2010, quando o remédio foi incluído na lista de medicamentos "B2", que necessitam de receitas especiais para serem solicitados pelos médicos. Agora, a partir da decisão desta terça, médicos e pacientes terão também que assinar um termo de compromisso ao prescrever ou utilizar a substância.
Além disso, de acordo com a Anvisa, os laboratórios que fabricam ou comercializam sibutramina terão que fazer acompanhamento de eventuais efeitos colaterais e comunicar a Anvisa no caso de ocorrências.
A agência informou que as medidas serão acompanhadas por 12 meses e que, após esse período, a comercialização do produto voltará a ser discutida.
No âmbito da Anvisa, não cabe recurso à decisão, mas as empresas que fabricam e comercializam os inibidores de apetite podem recorrer à Justiça.
De acordo com a Anvisa, as farmácias terão prazo de 60 dias para retirar os produtos proibidos do mercado. Conforme a Anvisa, os estabelecimentos que mantiverem a comercialização poderão ser interditados ou multados em valores que vão desde R$ 2 mil a um R$ 1,5 milhão.
De acordo com o representante do Conselho Federal de Medicina, Dimitri Gabriel Omar, a decisão da Anvisa de proibir os três inibidores vai estimular a ilegalidade e prejudicar o tratamento de obesos. Sobre ampliar a restrição à sibutramina, ele afirmou que se trata de "interferência indevida" no trabalho dos médicos e que vai recorrer à Justiça.
Relatório
O relatório de 700 páginas produzido pela Anvisa aponta que os benefícios da perda de peso causados pela utilização da anfepramona, do femproporex e do mazindol não superariam os riscos, tais como problemas cardíacos. O relatório diz ainda que não há dados técnicos e científicos que comprovem a eficácia e segurança destas substâncias no controle da obesidade.
Os inibidores de apetite atuam em uma região do cérebro conhecida como hipotálamo, que regula a sensação de fome e de saciedade.
Quanto à sibutramina, o relatório diz que o registro da substância cumpriu os requisitos de eficácia, “gerando desfecho clínico da perda de peso” e com “relação benefício-risco favorável”. Sendo assim, a Anvisa permitirá que a substância possa ser comercializada com algumas restrições, tais como controle na prescrição médica para minimizar riscos.
O relatório aponta que a sibutramina pode ser utilizada em pacientes obesos sem história de doença cardiovascular e que não conseguem aderir a programas de emagrecimento; com diabetes ou intolerância à glicose; dislipedêmicos; hiperuricêmicos; mulheres com ovários policísticos e pacientes com hepatite não alcoólica.
De acordo com o relatório, a Anvisa recomenda que a utilização da sibutramina seja suspensa caso o paciente não responda ao tratamento no período de quatro semanas.
Exterior
A venda de remédios para emagrecer com sibutramina foi proibida pela agência reguladora de remédios na Europa no início de 2010. A entidade alegou, na época, que trabalhos científicos apontavam o aumento do risco de problemas cardiovasculares em pacientes que usaram a sibutramina.
Conhecido como Scout, o estudo que levou a agência reguladora europeia a banir o medicamento contou com 9 mil pacientes obesos, monitorados durante 5 anos - parte deles recebeu sibutramina e outra parte tomou uma medicação sem efeito (placebo). Todos os integrantes da pesquisa passaram por dieta e praticavam exercícios físicos.
No caso dos Estados Unidos, a agência reguladora de alimentos (FDA, na sigla em inglês) também recomendou o fim do uso do medicamento. Com isso, a Abbott, empresa responsável pela venda da sibutramina, retirou o produto do mercado. Canadá e Austrália também são países onde o comércio da droga é vetado.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Hormônio cerebral é testado para tratar pessoa com autismo.

A ocitocina, hormônio produzido no cérebro e ligado a funções corporais, como o parto e a produção de leite em mulheres, e a relações sociais, como a ligação entre pais e filhos, pode virar tratamento contra autismo.

Pessoas com o transtorno têm dificuldade de reconhecer expressões faciais e de criar laços sociais.

O psiquiatra James Leckman, que veio a São Paulo no mês passado, a convite do Instituto de Psiquiatria da USP, está pesquisando o efeito da ocitocina em autistas.

O médico, que é professor de psiquiatria infantil em Yale, participa de estudo em que voluntários recebem doses de ocitocina e terão seus cérebros examinados em testes de imagem. A pesquisa ainda está em andamento.

Mas trabalhos anteriores com o hormônio mostram que doses intranasais de ocitocina podem melhorar as habilidades sociais do autista.

Um estudo publicado no ano passado na revista "PNAS" descreve os efeitos da ocitocina em um grupo de pessoas com autismo.

O hormônio melhorou o reconhecimento de expressões faciais e a habilidade de interação dos voluntários com autismo em jogo virtual.

Outro exercício exigia que os participantes olhassem para expressões faciais em um computador e identificassem se o rosto era de homem ou mulher e a direção que os olhos apontavam.

Autistas, antes do tratamento com ocitocina, olhavam pouco para o rosto representado na imagem. Após as doses de ocitocina, conseguiram fixar mais seu olhar.

O resultado sugere que a ocitocina reduza a ansiedade dos autistas na hora de fazer contato visual.

Segundo Leckman, ainda é necessário fazer mais testes para determinar se o tratamento é seguro e eficaz.

"É diferente ler expressões faciais em um teste e na vida real. Também não se sabe se o hormônio vai fazer diferença a longo prazo."
Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO – SP
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Anvisa deve decidir veto a remédios.



Oito meses depois do início da discussão em torno do destino dos medicamentos usados para emagrecer, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve decidir amanhã se proíbe ou não a venda desses remédios no País. A reunião será aberta ao público e será transmitida pela internet a partir das 8h30 – a intenção da agência é tentar mostrar transparência no processo de tomada de decisão, já que o relatório tem cerca de 700 páginas. Estão na mira as drogas que atuam no sistema nervoso central para promover o emagrecimento: dietilpropiona, femproporex, mazindol e sibutramina. As três primeiras estão no mercado há mais de 30 anos – e devem mesmo ser mesmo proibidas. A sibutramina é mais recente, amplamente usada no tratamento da obesidade, e deve permanecer no mercado,caso a diretoria colegiada da agência vote a favor do atual relatório. Idas e vindas. Num primeiro momento,a sibutramina era considerada a principal vilã na discussão e a Anvisa propunha proibi-la alegando riscos maiores do que benefícios aos pacientes. Isso porque, no ano passado, a União Europeia baniu a venda desse medicamento com base em um estudo feito pelo fabricante, com10 mil pacientes obesos e com problemas cardíacos ou diabete. Os dados revelaram que havia aumento de 16% de risco de eventos cardíacos. Foi com base nesse estudo que a agência brasileira passou a restringir a venda desse medicamento (agora ele entrou na classe dos anorexígenos e depende de uma receita especial) e apresentou a proposta pela sua proibição definitiva. Depois de meses de discussão, no entanto, a história mudou de rumo. Dentro da própria Anvisa ainda não há consenso sobre o destino desses medicamentos. Membros da Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme), órgão que presta consultoria especializada para a Anvisa, defendem a proibição de todas as drogas para emagrecer. Já a equipe de técnicos da agência voltaram atrás e passaram a defender a permanência da sibutramina sob controle ainda mais rígido.

CLASSES DE EMAGRECEDORES

Anfetamínicos
São inibidores de apetite vendidos como dietilpropiona, femproporex e manzidol. Atuam no sistema nervoso, bloqueando a captação de dopamina e noradrenalina. Quanto maior a quantidade dessas substâncias no cérebro, menor a sensação de fome.

Sibutramina
Atua em duas regiões do sistema nervoso: no centro do apetite e no da saciedade. O medicamento diminui a captação dos neurotransmissores noradrenalina e serotonina, diminuindo a fome e proporcionando a sensação de saciedade.

Efeitos colaterais
Irritação, insônia, aumento da frequência cardíaca, boca seca e crise de pânico
Fonte: O ESTADO DE SÃO PAULO – SP

Deloitte inclui Brasil em sua rota de pesquisa sobre saúde.

A empresa de consultoria e auditoria Deloitte colocou o Brasil em sua seleta rota de pesquisas na área de saúde. A companhia concluiu em setembro seu primeiro levantamento no país sobre satisfação ao sistema de saúde. Os dados mostram que o Brasil - o sexto maior mercado de saúde privada do mundo - tem um grande potencial de expansão em todos os elos dessa cadeia.

Essa pesquisa é feita pela consultoria há quatro anos em países da Europa, como Bélgica, Canadá, França, Alemanha, Luxemburgo, Portugal e Reino Unido, e nos Estados Unidos. Neste ano, foram incluídos México, Brasil e China. "Não existe nenhum modelo a ser seguido", disse ao Valor Enrico de Vettori, sócio da área de Life Science e Healthcare da Deloitte e responsável por esse estudo no Brasil.

A abordagem, feita com 1.000 entrevistados, mostra, de maneira geral, um alto grau de insatisfação dos consumidores brasileiros, de 57% (com notas "D" e "E"), em relação ao sistema de saúde. Menos de 1% deu nota máxima "A".

Em relação a medicamentos, a pesquisa reforça a importância do segmento de genéricos no país. O estudo mostra que 40% tomam remédio com prescrição regularmente. E esses usuários procuram na internet informações sobre as opções de tratamento (46%), compararam opções de tratamento para um problema específico (24%) e procuram conselhos na farmácia sobre um medicamento prescrito por um médico (24%).

Dos 6% dos entrevistados que afirmaram já ter mudado de medicamentos prescritos nos últimos 12 meses, a maioria mudou para uma marca genérica para economizar dinheiro: 59%. Outras razões para migração para genéricos incluem a falta de medicação recomendada (30%), o não funcionamento do medicamento (28%) e os efeitos colaterais (22%). O mercado de genéricos está em franca expansão global. De acordo com a pesquisa, 44% dos consumidores relatam que pediram ao seu médico medicamento genérico, motivados pelo custo.

Vettori observa que a tendência das farmacêuticas globais, sobretudo as que estão perdendo a patente de seus principais "blockbusters" (campeões de venda) é fundir-se com outras companhias. "Essa é uma tendência internacional", afirmou. No Brasil, as multinacionais tendem a fazer aquisições para complementar portfólio. "Muitas companhias fazem parcerias para entender o mercado local."

Os planos de saúde no Brasil também foram analisados nessa pesquisa. Do total, 75% disseram ter um convênio médico. Para os entrevistados, o convênio é obtido por meio dos empregadores (52%), sobretudo. Outros 38% contrataram diretamente o convênio.

Quando questionados sobre a própria saúde, quase metade dos entrevistados (46%) respondeu que possui problema crônico, 41% classificaram como "muito boa" e os outros 13% como "excelente". A maioria dos entrevistados (81%) está insatisfeita com o tempo de espera por atendimento. Já sobre o acesso a serviços (exames realizados, por exemplo), o percentual de insatisfação foi de 57%. Outros 57% também reclamam da falta de foco no cuidado com o paciente.

Fidelidade também não é o forte dos brasileiros. A pesquisa detectou que a troca de médicos é comum entre os brasileiros - 33% dos entrevistados relataram troca de médico no ano passado. Entre as razões estão a insatisfação com o atendimento recebido (49%), a necessidade de um tipo diferente de especialista (26%), a insatisfação com o serviço prestado pelos funcionários no consultório do médico (26%), a não aceitação do plano de saúde (15%). Apenas 8% dão preferência para os médicos que cobram mais barato.

A Deloite atua em cerca de 150 países e em 40 deles possui uma divisão na área de saúde. "Prestamos consultoria nessa área, para todos os elos dessa cadeia", afirmou Vettori. No Brasil, a consultoria tem 120 pessoas para atuar nessa área. "Estamos aumentando a equipe dessa divisão nos últimos meses."
Fonte: VALOR – SP

 
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