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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O Farmacêutico, o Dono da Farmácia e o Balconista.

O Farmacêutico, o Dono da Farmácia e o Balconista.



Historicamente estes três atores – o farmacêutico, o dono da farmácia e o balconista – vivem situações de conflito de interesses onde posturas e objetivos, muitas vezes chocam-se contundentemente com prejuízos na maioria das vezes para o profissional farmacêutico. No meio de uma saraivada de conceitos e de interesses próprios está o coitado do cliente, usuário do medicamento.

Talvez seja o balconista aquele que menos responsabilidade tenha nesta questão, visto que não tem a formação acadêmica para entender os verdadeiros riscos do uso irracional de medicamentos, ao mesmo tempo em que é seduzido com bônus sobre vendas. É um trabalhador que segue as regras do negócio e as determinações do seu patrão, podendo aumentar os seus ganhos em função do que consegue aumentar em valores no caixa.

Não há treinamento dado a balconista que resista a uma pergunta básica se a ela o Farmacêutico não consegue responder. A pergunta simples e direta é “O que eu ganho com isto”. Quando o dono da farmácia, fala em comissões sobre a venda, esta pergunta não só é respondida com facilidade como as vantagens são evidentes...

Não existirá legislação, treinamento, fiscalização e multas que venham minimizar de maneira significativa os riscos para os consumidores de medicamentos na seara da “empurroterapia”. Pelo menos enquanto, da nossa parte, não pudermos criar um ambiente no qual possamos responder para muitos donos de farmácias e para os muitos balconistas o que eles ganham nos acompanhando e aceitando a nossa maneira de ver e lidar com as questões da farmácia. Esta responsabilidade é nossa.

 
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