Você sabia que Diabetes pode aumentar o risco da doença de Alzheimer. Controlar o açúcar no sangue, ter uma dieta equilibrada e praticar atividades físicas podem ajudar a reduzir este risco.
Pesquisadores brasileiros estão estudando o uso da Victoza (Liraglutida), medicamento usado no tratamento da Diabetes tipo 2, para determinar se o medicamento também melhora a função cognitiva em pessoas com doença de Alzheimer leve. Os resultados mostraram uma mudança positiva na função cognitiva.
O Victoza foi lançando no Brasil em 2011, e se mostrou muito eficaz no controle glicêmico para tratamento da Diabetes tipo 2, melhorando não só os níveis deglicose, mas com melhora na pressão arterial e outros fatores Bioquímicos dos pacientes em uso deste medicamento.
O Victoza também ajuda os pacientes em uso na perda de peso, por retardar o tempo de esvaziamento gástrico, ou seja, o alimento fica mais tempo no estomago da pessoa em uso do medicamento, diminuindo a fome e consequentemente levando a perda de peso. Vale lembrar que, as pessoas são diferentes e nem todas elas perdem peso com a mesma frequência.
Consulte seu médico, caso tenha interesse em usar o Victoza em seu tratamento para Diabetes, pois não é recomendado o uso de nenhuma medicação sem o conhecimento dele.
Diabetes e doença de Alzheimer são conectados de maneiras que não são completamente compreendidos. Embora nem todas as pesquisas confirmem a ligação, muitos estudos indicam que as pessoas com diabetes, especialmente diabetes tipo 2, possuem um maior risco de vir a desenvolver a doença de Alzheimer ou outras demências, isto pode ocorrer como um resultado de que as formas complexas de diabetes tipo 2 afeta a capacidade do cérebro e outros tecidos do corpo no uso da glicose e na resposta à insulina.
Uma das autoras do estudo, a pesquisadora Fernanda de Felice, do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), conta que seu grupo já realiza comparações entre o mecanismo do Alzheimer e do diabetes desde 2007. “Nossos trabalhos mostram que os mesmos problemas que causam o diabetes estão afetando também o cérebro. O Alzheimer é como uma forma de diabete que acontece no cérebro”, compara a cientista.
O estudo, liderado pela UFRJ, também teve colaborações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade Federal Fluminense (UFF), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), além de instituições dos Estados Unidos e do Canadá, onde foram feitos os testes com macacos.
Fernanda alerta que os medicamentos para diabetes não devem ser administrados para o tratamento de pacientes com Alzheimer, já que a estratégia ainda tem de passar por muitos testes antes de ser validada.