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terça-feira, 28 de julho de 2015

Medicamentos falsificados podem representar 15% do mercado






O mercado informal de medicamentos, que sobrevive se esquivando dos órgãos reguladores, está se tornando cada vez mais atraente com preços bem abaixo da média. É possível comprar remédios por menos da metade do valor cobrado em farmácias. Mas esses descontos são possíveis porque os remédios são falsificados ou roubados.
Cerca de 15% do mercado é composto por medicamentos falsificados, segundo estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde), mas existem especialistas que apontam percentuais ainda mais altos. Devido ao caráter informal dessas vendas, não há como estabelecer um número com precisão. Já o varejo farmacêutico formal comercializa mais de 134 bilhões de doses por ano, segundo a IMS Health.
Enquanto os preços baixos tornam o mercado informal atraente, a população fica exposta a riscos potencialmente fatais. Um medicamento falsificado por ter diversos tipos de alterações. A quantidade das substâncias pode estar alterada em cada dose, a própria dose pode estar em desacordo com a bula e, na pior das hipóteses, a alteração afeta o princípio ativo do medicamento.
O princípio ativo é a substância mais importante do medicamento, pois ele que irá exercer a função terapêutica. Quando um remédio é falso, o princípio ativo pode estar comprometido, com a dosagem ou mesmo a identificação irregular. Em alguns casos, sequer existe algum princípio ativo no produto falso.
“Isso compromete o tratamento do paciente e, dependendo da doença que ele está combatendo, pode colocar sua vida em risco”, afirma Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa).
Não são raros os casos em que o médico prescreve o tratamento, o paciente segue as orientações corretamente, mas não acontece o efeito esperado. E uma longa investigação médica acaba sendo realizada até ser descoberto que o paciente, sem saber, estava consumindo um medicamento falsificado.
“Até os medicamentos originais podem ser prejudicados com isso, quando são reportadas reações adversas que, na realidade, foram causadas por produtos falsos”, explica Britto.
Mesmo quando o mercado informal comercializa medicamentos autênticos, existe o risco dele estar com sua eficácia comprometida por ter sido guardado e manuseado de forma inadequada. Atualmente, os medicamentos estão entre as cargas mais roubadas do país.

Como evitar o risco de comprar medicamentos falsificados?

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) faz uma série de recomendações para combater o mercado informal de medicamentos e reduzir o risco da população adquirir remédios falsos:
  • Nunca compre medicamentos em feiras ou de camelôs;
  • Só compre remédios em farmácias e drogarias e dê preferência àquelas que já forem conhecidas;
  • Exija nota fiscal dos medicamentos comprados;
  • Se o medicamento deixar de fazer efeito, procure o seu médico;
  • Verifique a embalagem do medicamento e veja se consta a data de validade, se o nome do medicamento pode ser lido facilmente e se há rasgos, rasuras ou alguma informação aparentemente apagada;
  • Veja também se existe o número do registro do medicamento no Ministério da Saúde;
  • Soros e xaropes devem estar com o lacre;
  • A bula deve ser original, nunca xerox.
Alerta-se também para o risco das compras online. Em muitos países, essa é uma forma do mercado informal dar vazão aos medicamentos falsificados. Portanto, esteja atento a sites de procedência desconhecida, especialmente quando eles oferecem medicamentos por preços abaixo da média de mercado.

Por Bruno Folli - Interfarma

sábado, 6 de setembro de 2014

ANVISA suspende medicamento com contradições na bula -










A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, recentemente, uma resolução no Diário Oficial da União que indica a suspensão do comércio e do uso de lotes de Azulfin (500mg), medicamento utilizado nos tratamentos de distúrbios intestinais, inflamatórios e na artrite reumatoide. A medida foi tomada após a agência constatar que as bulas dos lotes continham informações contraditórias à posologia do medicamento, que mostra a dosagem correta a ser utilizada. Confira os lotes: 30 comprimidos: 13040313 e 13070483. 60 comprimidos: 13070025, 13070026, 13070027, 13070028, 13070073, 13070074, 13070120, 13070121, 13070122, 13070390, 13070391, 13070392, 13070393, 13070394, 13070395, 13070397, 13070398, 13070408, 13070409, 13070410, 13070476, 13070478 e 13070479. 














Fonte: Conselho Regional de Farmácia

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domingo, 15 de junho de 2014

AIDS: muitos muitos desconhecem medicamentos que dão qualidade de vida e evitam novas infecções




avanços da ciência em relação à prevenção e ao tratamento da aids, que permitiram melhorar a qualidade de vida das pessoas e criar mecanismos para evitar novas infecções, ainda são desconhecidos e inacessíveis a uma parcela da população. A avaliação é da médica infectologista da Fiocruz Valdiléa Veloso dos Santos. "Por mais que a ciência avance nas tecnologias, nós não vamos dar uma resposta adequada à epidemia se nós não enfrentarmos a violência estrutural", observou.
Durante o 11º Seminário LGBT do Congresso Nacional, a pesquisadora destacou que pesquisas recentes mostram que com a prescrição de medicamentos para uma pessoa que tem alto risco de se contaminar por HIV é possível prevenir, reduzir significativamente a chance dessa pessoa se infectar, tanto antes quanto após o contato com o vírus.
"No contexto de uma relação sorodiscordante (um dos parceiros é soropositivo), se a gente tratar precocemente o risco contágio pode ser reduzido em 96%. Isso é muita coisa, equivale praticamente ao resultado de uma vacina", disse. Valdiléa dos Santos citou ainda outros estudos mostrando que 30% das pessoas infectadas não adquiriram o HIV dos seus parceiros, adquiriam de uma relação fora daquela parceria.
Ela ainda comentou a baixa adesão ao uso da camisinha como forma de prevenção. "A gente vem dizendo ao longo dessas três décadas: use camisinha, use camisinha. Mas sabe que a adesão não é boa", completou, acrescentando que os dados revelam 50% de eficiência do dispositivo. "Claro, porque para funcionar tem que usar sempre. Cada um pode se perguntar: quem usa sempre?"
Representante do Ministério da Saúde, Ivo Brito também comentou o que chamou de revolução no campo da prevenção. "Nós estamos deixando de olhar apenas para os métodos tradicionais e trazendo alguns outros métodos para a discussão", disse ele, alertando para uma possível medicalização do assunto.
Ele sustentou que o governo está reafirmando a convicção de que é fundamental a profilaxia pós-exposição como medida obrigatória para combater novos contágios. "O mesmo vale para a profilaxia pré-exposição, que deve ser direcionada a grupos de risco", completou.
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Antiretrovirais

Uns dos medicamentos antirretrovirais é comercialmente chamado de Truvada. A droga foi aprovada em 2012 pela FDA, agência sanitária americana, como a primeira pílula para ajudar a prevenir o contágio do HIV. Ela é indicada para pessoas saudáveis que possuem vida sexualmente ativa em grupos de risco ou que mantêm relações sexuais com parceiros soropositivos. Segundo estudos realizados em 2010, o medicamento fabricado pelo laboratório Gilead Sciences reduz entre 44% e 73% o risco de infecção pela aids.
A diretora adjunta do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, disse no seminário que o ministério está focando a ampliação da testagem em transexuais, profissionais do sexo, gays e usuários de drogas. "Queremos incluir 68 mil pacientes que estão com sistema imunológico em níveis críticos no tratamento antirretroviral", disse ela, lembrando a primeira importação do comprimido que reúne três remédios do coquetel anti-aids em um só.

DEBATEDORES APONTAM AFROUXAMENTO EM AÇÕES E PROGRAMAS DE COMBATE À AIDS

Debatedores do 11º Seminário LGBT do Congresso Nacional apontaram um afrouxamento no conjunto de ações e programas de governo voltados para combater o avanço da aids no País. Segundo eles, paira uma falsa sensação de que a epidemia está controlada, sobretudo por conta de remédios mais eficazes, com menos efeitos colaterais, e que melhoram a qualidade de vida do portador do vírus HIV que já desenvolveu a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (em inglês, aids).
"Hoje em dia, quando tratadas, as pessoas convivem com o HIV e têm uma vida praticamente normal", destacou o deputado Jean Wyllis (Psol-RJ), um dos organizadores do seminário que teve como tema "Aids: Formas de saber. Formas de adoecer". Para ele, essa nova realidade mudou o discurso público em torno da aids. "Isso trouxe um efeito muito ruim que foi o afrouxamento da prevenção e a invisibilidade da doença no discurso público de saúde", acrescentou.
Para Wyllis, a falta de campanhas informativas e de prevenção da aids tem feito a doença avançar sobre grupos de homens jovens gays (15 a 25 anos), mulheres, pessoas pobres e moradores do interior do País. "Alguma coisa não está funcionando na política de prevenção à aids. E a gente precisa fazer esse diagnóstico. O que é que mudou?", questionou.
Médico e coordenador do Programa de Mestrado em DST/aids e Hepatites Virais da UnioRio, Fernando Ferry, afirmou que a sensação de que a epidemia está controlada favorece novos contágios. "Hoje enquanto você está fazendo o tratamento, você tira da mídia toda a questão da morte, incluindo a de pessoas famosas, porque as famílias não permitem que se divulgue", disse ele, ressaltando que a desinformação é um grande problema, sobretudo entre os jovens.
Segundo Ferry, no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, no Rio, onde ele atua, os pacientes infectados são geralmente pobres, jovens, negros, homossexuais e mulheres. "Como a maioria toma conhecimento do HIV na emergência, muitos já apresentam a doença em estágio avançado", completou ele, destacando também o aumento de novos casos de outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como hepatite, sífilis e HPV.
Para a jornalista Roseli Tardelli, a acomodação em relação à epidemia de aids não envolve só governos mas também a mídia e a comunidade científica. "Parece que a ciência já respondeu a uma pergunta importante. Hoje nós temos aí uma série de remédios que permitem conviver com HIV/aids", disse Tardelli, que atua como diretora-executiva da Agência de Notícias da Aids.
"Mortes e as tragédias que foram a vivência da aids como nós vivemos, como a minha família viveu, como a mãe do Cazuza viveu, e tantas outras viveram, não estão mais sendo retratadas", completou ela, que criou a agência após perder um irmão para a doença.
Desconhecimento
O deputado Amauri Teixeira (PT-BA), que preside a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, afirmou que a atual geração desconhece a dimensão da doença. "Nós somos de uma geração que conhece a aids em sua fase mais cruel. Perdemos amigos, ídolos e pessoas que admirávamos", afirmou. Para ele, a informação é a base de toda e qualquer política de saúde e deve ser usada como instrumento de prevenção e de esclarecimento.
"É preciso esclarecer para prevenir e para deixar claro que o portador não é nenhum bicho de sete cabeças."
Para a médica infectologista da Fiocruz, Valdiléa Veloso dos Santos, os avanços da ciência em termos de prevenção e tratamento devem estar acessíveis a todos. "Temos que encontrar uma forma de comunicar o que existe hoje para pessoas de diferentes níveis de escolaridade e de inserção na sociedade e com diferentes necessidades. Porque não podemos ampliar as desigualdades", disse.
No ano de 2012, foram notificados 39.185 casos de aids no Brasil. A taxa de detecção nacional foi de 20,2 casos para cada 100.000 habitantes. As maiores taxas de detecção ocorreram no Rio Grande do Sul (41,4), em Santa Catarina (33,5), no Amazonas (29,2) e no Rio de Janeiro (28,7).

DEPUTADOS DEFENDEM POLÍTICAS DE PREVENÇÃO AO PRECONCEITO

O coordenador geral LGBT da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Gustavo Bernardes, comemorou, durante o 1º Seminário LGBT do Congresso Nacional, a publicação da Lei 12.984/14, que determina pena de prisão, de um a quatro anos, e multa para quem discrimina pessoas com HIV. Bernardes aproveitou para cobrar também a aprovação do projeto de lei que criminaliza a homofobia no País.
"Jovens gays são mais vulneráveis à epidemia de aids. Isso porque ele se expõe mais e são mais suscetíveis à violência", disse. "Que essa casa não se omita, que criminalize à homofobia", completou.
A deputada Manoela D'Ávila (PCdoB-RS) destacou a sanção da nova lei que prevê punição para condutas como recusar inscrição em escola; negar emprego ou trabalho; demitir; segregar no ambiente escolar ou de trabalho; divulgar a condição de pessoa com HIV com intuito de ofender; e recusar tratamento de saúde.
No entanto, segundo ela, a lei sancionada trata de punição à discriminação, ou seja, pune quem já é preconceituoso. "Mas e o que estamos fazendo para educar as pessoas e evitar o preconceito?", questionou a deputada, comentando o recente veto da presidente Dilma Rousseff ao programa do Ministério da Educação, conhecido como 'kit gay', que pretendia o combate à homofobia nas escolas.

Plano Nacional de Educação

Manoela criticou ainda a exclusão do texto do Plano Nacional de Educação (PNE - PL 8035/10) de dispositivo que tratava da questão de gênero."Vamos levar permanentemente preconceituosos à cadeia ou vamos evitar que as pessoas se tornem preconceituosas", completou.
O texto aprovado pela Câmara no dia 3 fala apenas em erradicação de todas as formas de discriminação, mas a parlamentar defende que sejam incluído como destaque ao texto aprovado nesta terça-feira trecho que diz: "São diretrizes do PNE a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual".
A deputada Érika Kokay (PT-DF) defendeu a importância da educação para desconstruir as lógicas excludentes. "Não se pode negar a afetividade e a sexualidade humanas. Não existe cidadania dentro do armário", afirmou. A deputada ainda criticou o projeto em tramitação na Câmara que cria o Estatuto da Família, definindo-a como com a união entre homens e mulheres apenas.

AIDS AVANÇA SOBRE JOVENS HOMOSSEXUAIS, POBRES E MULHERES

"A aids se juvenizou. E desses jovens infectados pelo HIV, a população de homens jovens gays, voltou a ser o grupo vitima preferencial", disse Wyllis, que participa das frentes parlamentares em Defesa dos Direitos Humanos, de Enfrentamento às DST/HIV/Aids e pela Cidadania LGBT.
Em audiência na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, reconheceu que o aumento do número de casos de aids entre homens que têm relações sexuais com outros homens tem se mostrado preocupante nos últimos 10 anos. "São as áreas que a gente observa tendência de crescimento", apontou Chioro.
Jean Wyllis ainda condenou, no entanto, o discurso que coloca a aids como castigo aos homossexuais e ressaltou o aumento de casos entres mulheres. "Temos a feminilização da doença. No início da epidemia eram 30 homens infectados para cada mulher. Hoje essa proporção é de 1 para 1." O deputado criticou a atuação do Ministério Saúde, diante das evidências desse perfil epidemiológico do País.

Tendência diferente

Representando o Ministério da Saúde, Ivo Brito discordou da visão que aponta como tendências atuais o contágio de jovens, de mulheres e da população do interior do País. Para ele, essa é uma tendência que já marcou os anos 90 e a primeira década do século 21. "Nossos dados mostram outra tendência", disse Brito.
Com relação ao aumento proporcional da infecção de mulheres, ele disse que, isolando-se homens e mulheres na estatística, verifica-se um aumento maior da epidemia entre homens jovens. Brito acrescentou ainda que a epidemia cresce também entre segmentos com maior escolaridade. "Ou seja, diferente do que ocorria na década de 90."
O desafio, segundo ele, é pensar em políticas públicas focadas nos grupos de risco sem criar um efeito bumerangue, ou seja, incentivando ainda mais a marginalização e a discriminação desses grupos sociais, como a comunidade LGBT.

Desigualdade

Para o presidente Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia), Richard Parker, a determinante fundamental da epidemia de aids é a desigualdade. "É onde a desigualdade é mais forte, onde um eixo de desigualdade, do tipo pobreza, cruza com outro, desigualdade de gênero, que você tem um maior impacto da epidemia. A sinergia entre essas forças de desigualdade cria uma maior vulnerabilidade", sustentou.
Ex-diretor adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, hoje afirma que, além de terem perdido força, as campanhas muitas vezes não chegam aos públicos-alvo. Para ele, à medida que a questão da vulnerabilidade foi acentuada no discurso, o risco maior de infecção de algumas comunidades foi sendo esquecido. "Hoje se fala em vulnerabilidade como se todos fossem igualmente vulneráveis, homens, mulheres. Mas a epidemia está pegando é gay", disse Barbosa, que coordena o Centro de Referência e Defesa da Diversidade de São Paulo.
Apesar de considerar importante reconhecer que a aids não tem cara, cor, classe social, ou orientação sexual, Parker concorda que a Aids não é uma epidemia igualitária ou democrática. "Nem todas as pessoas enfrentam os mesmo riscos frente à epidemia de aids. Os grupos populacionais não existem na mesma situação", disse. Para Parker, a atual fase da fase da epidemia, denominada por ele como "estigma e discriminação" é talvez a mais difícil de ser vencida.

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Rachel Librelon
Fonte - Agência Câmara Notícias


Leia mais: AIDS: muitos muitos desconhecem medicamentos que dão qualidade de vida e evitam novas infecções - PFARMA http://pfarma.com.br/noticia-setor-farmaceutico/saude/1636-aids-muitos-muitos-desconhecem-medicamentos-que-dao-qualidade-de-vida-e-evitam-novas-infeccoes.html#ixzz34i7xXlpG

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Estudo nos EUA liga carne vermelha a risco de câncer de mama



Comer muita carne vermelha no início da vida adulta pode aumentar ligeiramente o risco de câncer de mama, de acordo com um estudo realizado nos Estados Unidos. Pesquisadores de Harvard dizem que substituir a carne vermelha por uma combinação de feijões, ervilhas e lentilhas, aves, nozes e peixe pode reduzir o risco da doença em mulheres mais jovens.
Mas especialistas britânicos pedem cautela, dizendo que outros estudos não mostraram ligação clara entre carne vermelha e câncer de mama. Pesquisas anteriores demonstraram que a ingestão de grande quantidade de carne vermelha e processada provavelmente aumenta o risco de câncer de intestino.
Os novos dados vêm de um estudo realizado nos Estados Unidos acompanhando a saúde de 89 mil mulheres com idades entre 24 a 43.
A equipe, liderada pela Escola de Saúde Pública de Harvard, analisou a dieta de quase 3 mil mulheres que desenvolveram câncer de mama.
'Ingestão elevada de carne vermelha no início da idade adulta pode ser um fator de risco para o câncer de mama', eles relatam na revista "British Medical Journal".
Os próprios cientistas de Harvard, porém, descreveram o risco como 'pequeno'.
O epidemiologista da Universidade de Oxford Tim Key disse que o estudo americano descobriu 'apenas um elo fraco' entre comer carne vermelha e câncer de mama, o que não era forte o suficiente para mudar a evidência apontada em estudos anteriores de que não há ligação definitiva entre a dois.
'As mulheres podem reduzir o risco de câncer de mama mantendo um peso saudável, ingerindo menos álcool e praticando exercícios, e não é uma má ideia trocar um pouco de carne vermelha - que está ligada ao câncer de intestino - por carne branca, feijão ou peixe', acrescentou.
Segundo a diretora da Unidade de Epidemiologia do Câncer da mesma universidade, Valerie Beral, dezenas de estudos já investigaram o risco de câncer de mama associado com a dieta.
'A totalidade da evidência disponível indica que o consumo de carne vermelha tem pouco ou nenhum efeito sobre o risco de câncer de mama, por isso os resultados de um único estudo não podem ser considerados isoladamente', disse ela.
Evidências demonstram que provavelmente há uma relação entre comer muita carne vermelha e processada e o risco de câncer de intestino.
O Ministério da Saúde britânico recomenda que pessoas que comem mais do que 90 gramas (peso cozido) de carne vermelha e processada por dia devem reduzir a porção para 70 gramas.

domingo, 1 de junho de 2014

Você conhece todas as vacinas oferecidas pelo SUS?




As primeiras ações de imunizações no Brasil datam de 1804. Mas foi no ano de 1973 que foi criado o Programa Nacional de Imunizações (PNI) doMinistério da Saúde. E por meio do PNI o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza todos os anos mais de 300 milhões de doses de vacinas. Ao todo, são oferecidos gratuitamente 42 tipos de imunobiológicos e 25 vacinas. Mas você sabe quais são as vacinas e quem deve tomá-las?
Antes do PNI, as ações de imunização eram caracterizadas pela descontinuidade e pela baixa área de cobertura. Criado com o objetivo de coordenar essas ações, o Programa - em 40 anos - transformou o Brasil em um dos países que oferece o maior número de vacinas do mundo.
A coordenadora do PNI, Carla Domingues, destaca que o calendário de vacinação beneficia toda a família. "Nós temos um calendário para o adolescente, adulto e idoso, além da criança que já é rotineiramente vacinada. Então é importante que todas as pessoas conheçam o calendário de vacinação para que ele esteja sempre atualizado", explica. Conheça abaixo o calendário nacional de vacinação atualizado e não deixe passar nenhuma vacina!
 
Todo esse esforço para imunizar a população está dando resultados. O Brasil alcançou a erradicação da poliomielite e da varíola, e a eliminação da circulação do vírus autóctone do sarampo, desde 2000, e da rubéola, desde 2009. Também foi registrada queda acentuada nos casos e incidências das doenças imunopreveníveis, como as meningites por meningococo, difteria, tétano neonatal, entre outras.
Das vacinas disponíveis hoje no SUS, 96% são produzidas no Brasil ou estão em processo de transferência de tecnologia. Isso só é possível porque existe no país um parque produtor de vacinas e imunobiológicos. É um importante patrimônio que deixa o Brasil em situação privilegiada em relação a outros países do mundo e possibilita o desenvolvimento científico e tecnológico.
Novas vacinas – Nos últimos quatro anos, o Ministério da Saúde introduziu sete novas vacinas. Em 2010, foi a vacina pneumocócica 10 valente e meningocócica C conjugada. Em 2012, incluiu a vacina penta (difteria, tétano, pertussis, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B) e a vacina inativada poliomielite (VIP). Já em 2013, o PNI ampliou a oferta da vacina hepatite B, de 29 para 49 anos de idade.
Recentemente, o SUS passou a oferecer a vacina tetra viral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela, e é exclusiva para crianças com 15 meses que tenham tomado a primeira dose da tríplice viral. Em 2014, o Ministério já incluiu a vacina contra o HPV, e vai lançar ainda a vacina contra a hepatite A e a dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular) para gestantes.

Lucas Pordeus Leon / Blog da Saúde
Esse post faz parte de #programasecampanhas e possui as seguintes tags: Vacinação,  Sarampo,  SUS,  HPV,  vacina, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações,  PNI,  Poliomielite,  imunobiológicos,  Sistema Único de Saúde (SUS), Hepatite B,  Rubéola,  influenza,  difteria,  caxumba,  Tríplice Viral,  Calendário de Vacinação,  Transferência de Tecnologia,  vacina contra HPV,  Varicela,  #destaques,  Programa Nacional de Imunizações (PNI),  vírus HPV,  Varíola, dTpa,  hepatite A,  Vacina HPV,  #VacinaHPV,  doses,  vírus autóctone do sarampo,  doenças imunopreveníveis, meningites por meningococo,  meningites,  tétano neonatal,  influenza tipo b,  vacinas para gestantes.

 
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